terça-feira, 11 de setembro de 2012

CONTANDO HISTÓRIAS BÍBLICAS - parte 1


Manejo para trabalhar Histórias Bíblicas

Equipe Projeto Mardoqueu

Como ter um bom manejo ao contar histórias?

 

Professor, você faz a diferença!!!

A história é uma ferramenta de ensino. Na verdade, você professor, se torna esta ferramenta ao narrar a história. Você faz a diferença mesmo. Mas diferença que precisamos causar na vida dos nossos alunos deve ser uma vida transformada, que primeiro iniciou em nossa vida, passamos para eles e eles enfim passam para outros.

Um professor que quer ensinar de maneira efetiva deve estar consciente da sua posição como professor, sua responsabilidade, da sua influência. Jesus é um perfeito exemplo disto. É interessante notar que Jesus a Si mesmo Se chamava Mestre dizendo: "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o Sou". (Jo 13:13)

Ninguém já influenciou tanto no discurso dos acontecimentos da história do mundo através de mudanças operadoras na vida dos indivíduos como fez Jesus Ele influenciou através das suas afirmativas, através da suas atitudes e através da sua vida.

Ao preparar sua aula, o professor precisa avaliar o método a ser usado, oportunizar a participação dos alunos, explorar o espaço físico que tem para narrar

 

VOCÊ PODE CONTAR HISTÓRIAS COM MUITA CRIATIVIDADE

Diz-se que “a coisa mais fácil do mundo é contar uma história e a mais difícil é ser um bom narrador de histórias”. Entretanto, você pode contar histórias, se quiser. Vontade é uma das qualidades essenciais ao narrador, pois evidencia que ele possui outras, tais como: sensibilidade e entusiasmo por uma boa história; amor pelo indivíduo ou grupo a quem deseja transmiti-la. Se você quiser, poderá tornar-se hábil narrador de histórias. Terá, apenas, de pagar o preço, isto é, estudar, praticar e se esforçar para ser.

 

O QUE É UMA HISTÓRIA?

O que caracteriza uma história é uma série de eventos que levam a um fim imediato. São eventos que se completam e que fazem da história uma experiência que começou, se desenvolveu, chegou ao auge e terminou. Os elementos essenciais a uma boa história são:

1. Começo – As perguntas “quem”, ”quando”, “onde”, devem ser feitas no início, despertando o interesse do ouvinte.

2. Enredo – É a sucessão de episódios ou eventos que constituem a história; os conflitos que surgem e a ação dos personagens. Deve ser claro, possuir seqüência lógica, não se perder em pormenores inúteis e desenvolver-se de modo que os fatos aumentem de intensidade até atingirem o ponto culminante.

3. Clímax ou ponto culminante – É a conclusão lógica de tudo o que veio antes. É neste momento que é apresentado a resposta da pergunta do começo da história. Não precisa ser necessariamente uma surpresa, porém não deve estar muito à vista desde o começo. A história sem ponto culminante é uma história fraca, de pouco interesse para o ouvinte.

4. Conclusão – Será simples e satisfatória, de modo que o ouvinte sinta que a história terminou.

O bom narrador não comete o erro de prolongar a história depois de atingir o ponto culminante e nem menciona a moral. A moral deve ser implícita, e compete ao ouvinte descobri-la e assimilá-la de acordo com a sua necessidade.

 

ESTUDANDO A HISTÓRIA

1. Leia a história em voz alta, do começo ao fim (Leitura audível é processo mais seguro na escolha de uma história do que leitura silenciosa).

2. Fixe na mente a seqüência lógica dos eventos. O que aconteceu primeiro, depois e depois.

3. Nunca decore a história. A memorização é perigosa, porque a memória pode falhar e você ficará em situação difícil. Conte a história em voz alta e você mesma, usando suas próprias palavras. Leia outra vez, do começo ao fim. Conte-a outra vez. Evite burilar parágrafo por parágrafo, porque a tentação de decorar será mais intensa. Tenha certeza de que tem fixo na mente os nomes dos e a seqüência lógica dos acontecimentos. Querendo, pode decorar uma boa frase para introdução, o ponto culminante e a conclusão.

4. Viva a história ao contá-la. Ensaie algumas vezes diante do espelho, porém, não sempre. Sua atenção deve fixar-se na história e não em si. Se os personagens se tornarem reais para você, tornar-se-ão para os ouvintes também.

5. Em casos de extrema necessidade, faça um esboço para consultar na hora, usando apenas os pontos principais da história.

6. Conte histórias. A experiência é também uma grande mestra. Comece com um grupinho ou só um ouvinte. À medida que adquirir experiência enfrentará auditórios maiores.

 

CONTANDO A HISTÓRIA

1. Há necessidade de muita oração, tanto na escolha como no preparo e na apresentação da história.

2. Você precisa ter verdadeiro amor pelos ouvintes e um desejo ardente de revelar-lhes alguma coisa que você sabe.

3. A apresentação da história é a chave do sucesso. A mensagem do evangelho nunca deve ser apresentada descuidadamente. A voz é o instrumento principal. É preciso treiná-la, pois, a voz humana é algo maravilhoso que pode ser desenvolvida, ao ponto de produzir muitos efeitos. Use palavras e termos que o auditório conhece.

4. Aguarde silêncio antes de começar.

5. Procure olhar bem nos olhos dos ouvintes e não por cima de suas cabeças. Se você desviar o olhar para outras coisas, eles farão o mesmo.

6. Use apenas gestos que lhe forem naturais. Nada de afetação.

7. Seja simples e sóbria. Jóias e roupas espalhafatosas desviam a atenção dos ouvintes.

8. Conte a história com vagar. As crianças precisam de tempo para reagir, por isso, dê-lhes tempo. Entretanto, não conte a história de maneira a convidar interrupções e perguntas. Se surgirem, e às vezes surgirão, ignore-as, quando possível.

9. Se esqueceu uma parte, vá adiante. Não volte atrás, dizendo: “Ah! Esqueci de dizer...” Se a parte esquecida for importante para a história, tente inseri-la sem voltar para trás. O remédio para prevenir o esquecimento é estudar bem a história.

10. Dê colorido à história com palavras expressivas e apele aos cinco sentidos dos ouvintes.

11. Permite que a história atinja o fim, sem que você acrescente a moral.

12. Conte a história com encanto e prazer.

13. Esqueça-se de si e viva a história.

A arte de contar histórias é tão velha quanto a vida, mas é uma arte que pode ser aprendida.

Até tornar-se perito, inicie contando histórias a pequenos grupos. Poucos são os desafios ao contar histórias a pequenos grupos.

 

O TAMANHO DA HISTÓRIA

O tamanho da história é muito importante e depende de vários fatores:

1. O tempo disponível para contar a história.

2. O tipo de história.

3. A idade do grupo de ouvintes:

2 a 3 anos: 3 min.

3 e 4 anos: 5 min.

5 e 6 anos: 3 min.

7 e 8 anos: 6 a 8 min.

9 a 11 anos: 10 min.

adolescentes e adultos: 15 min. até 30 min.

A Voz

Volume local – Fale para ser ouvido facilmente. Jogue a voz por cima do teto.

Fale com clareza, articulando bem as palavras.

Use inflexões na voz.

Aprenda a usar a voz como um instrumento. A voz é o instrumento mais versátil de todos os instrumentos.

Saber o que você quer dizer. Pensar no que você vai dizer.

Expressar o que você sentir. Evitar cacoetes como né, não é, então, bem, aí.

 

MÉTODOS PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ

1. Uma Pausa

Antes da troca de idéias.

Antes ou depois de uma palavra difícil ou estranha.

Antes ou depois de um personagem falar.

Antes de apresentar um novo assunto.

2. A Velocidade

Lenta (Frases importantes, poéticas e imaginativas. Uma parte triste)

Rápida (Frases de ação. Uma parte alegre.)

A conversa deve ter a velocidade do personagem.

3. Inflexão ou Tonalidade da voz

Tom básico para a história.

Inflexão decrescente para alguma coisa triste.

Palavras que tem importante significado no enredo devem ser pronunciados de forma marcante.

4. Altura

Iniciar a história com o tom de “Era uma vez”.

Chegando ao clímax, deve-se falar mais devagar, mais alto e mais agudo.

Terminar em tom baixo e definitivo.
 
Bibliografia: Livro CONTANDO HISTÓRIAS
Autor: Cowsert, Hilda Bean Editora: UFMBB
E também Livro do II Fórum Nacional da Menibrac
 
Extraído de www.mena.hd1.com.br
 

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